Quem sou eu

Minha foto
Caxias, Ma, Brazil
Sou jornalista por formação e profissão há dez anos. Correspondente do jornal O Estado do Maranhão desde 1999. Já atuei em diversos jornalísticos de Caxias, impressos e na internet.Trabalhei em assessorias de imprensa. Este ano assumi a coluna política de Caxias em O Estado. Aqui estarão impressas um outro lado dessas noticias, os bastidores que pouca gente vê. Postarei também as reportagens produzidas por mim para este jornalístico e que agora estarão disponibilizados também na internet.Leia, reflita e comente.CONTATOS: (99)8133-3525 ou aneledepaula@gmail.com

Total de visualizações de página

segunda-feira, 30 de maio de 2011

SECRETARIA PEDE PRAZO PARA SOLUCIONAR PROBLEMA NA ZONA RURAL


   Foi graças a uma liminar concedida pelo juiz da infância e da adolescência Antônio Manoel Veloso que os pais de alunos que residem nos povoados Cajueiro, Lavras, Centro da Lagoa, Jabuti e Baixa do Engenho conseguiram ser ouvidos pela secretaria municipal de educação, Silvia Carvalho. A reunião foi realizada no povoado Lavras na Unidade Escolar Municipal José Cruz Nunes de Almeida. Os pais reivindicam a troca de turno dos filhos, menores de doze anos, que desde o inicio do período letivo na zona rural, são obrigados a estudar em outro povoado, no Baú e a noite o que os pais não aceitam já que os alunos ainda são crianças e estão frequentados o as 5° e 6° série do ensino fundamental.
         Durante a reunião, que demorou mais de duas horas, a secretaria disse que não trazia nenhuma solução para o impasse, e por conta da troca de horário repentina muitos pais estão deixando de enviar os filhos a escola. Silvia Carvalho argumenta que a troca de turno foi feita porque a escola do povoado Lavras só possui quatro salas de aula e não há como acomodar os alunos que mudaram de série e a escola mais próxima é a do Baú. Além disso, houve um aumento no número de matriculados e há também outro agravante a falta de professores disponíveis para trabalhar na localidade. No meio da reunião Silvia Carvalho chegou a pedir que os pais entendessem a situação e aceitassem. Ela também argumentou que os pais foram comunicados em uma reunião prévia de que a troca de turno aconteceria.
         “Quem não participou da reunião foi porque não quis. Nós comunicamos a todos da troca de horário. Ao todo são dez povoados mandando seus filhos para a escola à noite e somente dois estão resistindo às mudanças, tem pais que estão até nos agradecendo. Tem mãe que até pediu para estudar junto com o filho a noite, lamento que a situação tenha chegado a esse ponto”, argumentou a secretaria.
      Mas os pais das 140 crianças que frequentam a escola à noite não estão tão felizes assim, como chega a ponderar a secretaria. Rita Maria da Silva, que é uma dessas mães que protestam contra a troca de turno diz que acha inadmissível o filho de apenas onze anos ter que estudar a noite.
        “Nós só estamos reivindicando um direito que é nosso. Não queremos nada além disso. É um absurdo que essas crianças tenham que estudar de noite. A gente é pai e trabalha de dia, não tem como acompanhar essas crianças de noite não. A gente fica com medo dessas crianças terem que ir pra escola de noite”, enfatiza a mãe de um desses alunos.


Conservação-    Falta de estrutura não é o problema das escolas da zona rural envolvidas na questão. Todas são bem estruturadas, possuem salas amplas, boas carteiras e áreas comuns em perfeito estado de conservação.  A Secretaria Municipal de Educação está oferecendo as crianças que estudam a noite, transporte escolar para os 140 alunos. Ele percorre dez povoados recolhendo e deixando os alunos em casa todos os dias. As aulas começam as 13h30 e termina as 21h30.
       Raimundo Paiva, presidente da associação de moradores do povoado Lavras ofereceu a sede da associação do povoado que possui três salas e um banheiro para que as crianças pudessem estudar, mas a secretaria Silvia Carvalho disse que o prédio era inviável. O local está em bom estado de conservação, mas, ela acabou pedindo um prazo de quinze dias para tentar encontrar uma solução para o problema. Até que ele seja resolvido os pais garantiram que irão continuar enviando os filhos à escola.