Criado no final de 2008 uma das atribuições do Conselho Municipal de Cultura seria o de fiscalizar e barrar a destruição do patrimônio histórico do município, principalmente os bens públicos, mas não é isto o que vem ocorrendo na cidade.
Mesmo sabendo que a maioria dos prédios públicos, deteriorados ou não, pertencem a proprietários privados, o Conselho tinha como atribuição o de informar esses donos da importância desses monumentos históricos. A ideia não é apenas preservar, mas criar a consciência entre os proprietários dos prédios e na própria população, quanto à valorização desses estabelecimentos que ajudam a contar a própria história do povo caxiense.
O patrimônio público de Caxias foi tombado pelo decreto lei de n°11.681 de 1990. Isso inclui prédios de todo o Centro histórico, igrejas e até cemitérios, o principal deles é o de Nossa Senhora dos Remédios, que já teve boa parte dos seus túmulos antigos saqueados. Peças raras como estatuas e azulejos datados do século XIIIV também já foram roubados.
Patrimonio- É considerado como patrimônio público todos os bens de uso comum dentre os quais estão inclusos praças, pontos de ônibus, repartições. Como no município não há leis suficientes, ou fiscalização que protejam contra a depredação desses bens, que podem ter um caráter histórico ou não muitos são alvos de vandalismo e depredação.
Alguns desses patrimônios foram deteriorados pela própria Prefeitura, que é um dos órgãos que deveria cuidar para a sua preservação. Um deles está situado na Avenida Otávio Passos. O prédio onde antes funcionava todas as secretarias do município, hoje está desativado desde 2005 e hoje ruindo com a ação do tempo. Fechado sobre a argumentação de que no local seria feito uma reforma isso não aconteceu.
Outro prédio, só que este de caráter histórico, também foi derrubado pela própria Prefeitura. Trata-se de uma das unidades onde funcionava a antiga Refesa. Como o parte dele já estava sem o telhado, ao invés de recuperá-lo conservando as suas características originais, o mesmo foi demolido, para dar lugar a um prédio moderno, algo que vem sido adotado por muitos proprietários de prédios privados em Caxias.
Aqueles que ainda não passaram por uma deterioração externa, internamente já sofreram diversas modificações. O Centro de Cultura Acadêmico José Sarney, onde funcionava no século XIX a fábrica de tecidos e indústria têxtil de Caxias, é um exemplo dessa ação. Até mesmo uma agência bancária já foi instalada dentro do prédio, criado para abrigar ações culturais e onde hoje pouco se discutem ou se realizam ações em prol da cultura e da conservação da memória do povo caxiense.
