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Caxias, Ma, Brazil
Sou jornalista por formação e profissão há dez anos. Correspondente do jornal O Estado do Maranhão desde 1999. Já atuei em diversos jornalísticos de Caxias, impressos e na internet.Trabalhei em assessorias de imprensa. Este ano assumi a coluna política de Caxias em O Estado. Aqui estarão impressas um outro lado dessas noticias, os bastidores que pouca gente vê. Postarei também as reportagens produzidas por mim para este jornalístico e que agora estarão disponibilizados também na internet.Leia, reflita e comente.CONTATOS: (99)8133-3525 ou aneledepaula@gmail.com

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quarta-feira, 1 de junho de 2011

DESVIO DE RECURSOS SERÁ DISCUTIDO EM AUDIÊNCIA PÚBLICA


SILVANA PINHEIRO
   A presidente da Associação Solidária em Defesa dos Direitos da Vida, Silva Pinheiro, está articulando uma audiência pública para discutir junto com a sociedade caxiense e as autoridades locais o destino de mais de cem mil reais, oriundos de uma pactuação entre o município de Caxias e o Governo Federal que foi viabilizado através de uma solicitação da Associação, que deveriam ser empregados na manutenção de uma Casa de Apoio aos Portadores do Virus HIV, mas que simplesmente não está ocorrendo.
      Ela argumenta que muitos portadores do vírus HIV, vindos de municípios circunvizinhos, são prejudicados mensalmente porque não tem um local fixo para ficar em Caxias onde recebem tratamento todos os meses. “O dinheiro é suficiente para até se comprar uma casa para receber essas pessoas. É inaceitável que este recurso tenha sido aplicado para outra finalidade. A casa é um item primordial para que estas pessoas possam receber atendimento. O diagnostico é cruel, é uma doença que mesmo com todos os esclarecimentos ainda gera preconceito e muitos portadores ainda ficam sem uma fonte de renda por conta da doença e quem ajuda com passagens é um parente ou as prefeituras de suas cidades de origem. Em Caxias elas costumam ficar mais de um dia para receber um atendimento especializado e na maioria dos casos elas não tem quem lhes ampare e a Casa de Apoio serve como abrigo para quem está se tratando o que queremos saber é porque ela não está em funcionamento. A audiência vai ajudar a responder esse questionamento”, acredita Silvana Pinheiro.
      A mobilização da presidente da associação começou esta semana. Silvana Pinheiro está encaminhando os ofícios para os Ministérios Público Estadual e Federal, associações e a Secretaria Municipal de Saúde que é quem recebe este recurso e não o repassa a Associação que deveria ser a mantenedora da Casa de Apoio.

CASA DE PASSAGEM QUANDO AINDA ESTAVA FUNCIONANDO

     Até agosto de 2008 o município contava com uma Casa de Apoio aos portadores do HIV, mas ela foi fechada por questões internas. É que a presidente da associação estava mantendo a instituição com recursos próprios e foi aconselhada pelo próprio promotor da época, Pedro Lino Curvelo, a conseguir outra fonte de manutenção para a casa. Como não conseguiu essa ajuda ela foi obrigada a fechar suas portas, sendo que dois meses depois o município passou a receber o dinheiro que poderia manter a casa funcionando e não o aplicou como deveria.
        “Eu estava pagando o aluguel à água e a luz da casa com o salário que eu recebia e a pensão que os meus filhos menores ganhavam. A alimentação vinha de doações de outras pessoas. Na época duas pessoas me acusaram de ficar com esse dinheiro que vinha do Governo Federal, sendo que ele ainda nem estava caindo na conta da Prefeitura. Fui me aconselhar com o promotor e ele disse que eu não poderia usar um dinheiro que era para sustentar os meus filhos para manter a casa. Então eu fiquei com medo e ele tinha razão. Tentei conseguir alguém para pagar o aluguel e as despesas que eu tinha, mas não consegui e foi por esse motivo que a casa fechou suas portas”, justifica Silva Pinheiro.
         A aplicação do recurso federal que está chegando todos os meses aos cofres públicos já está sendo investigado pelo Ministério Público Federal. Em oficio a Secretaria Municipal de Saúde, que até o momento não apresentou documentação comprobatória, argumentou que usou o dinheiro para comprar uma van usada para transportar os portadores do vírus HIV que usam os serviços especializados usados pelo Centro de Testagem e Aconselhamento de Caxias. 

TIROU ONDA



      A secretaria de educação Silvia Carvalho achou normal que crianças menores de doze anos de idade estudassem a noite na zona rural de Caxias, pois é, pra vocês verem até que ponto chega os desmantelos dessa gestora. Em outros tempos isso daria uma grande passeata até porta da Prefeitura. Até imagino SC de microfone na mão bradando contra o poder público, mas a fase é outra. Ela ainda reclamou pelo fato de algumas mães terem protestado contra a imposição. É aquilo tipo de história “eu dou o que eu posso e se vocês quiserem que aceitem”.

         O assunto só foi descoberto pela imprensa porque as mães não se calaram. Mas Silvia Carvalho não está nem aí. Ainda tirou onda com a cara dos pais, disse, que só uma minoria reclamou, os outros estavam até felizes. Ela não aceitou nenhuma das soluções propostas pelos pais, disse que voltaria com outra medida. Talvez depois que a poeira baixar e ela achar que não vamos mais pegar no pé dela, SC apareça com uma solução. É bem capaz de tudo continuar do jeito que está.

     E Pasmem, pois a argumentação de que as crianças estudam a noite é porque a Prefeitura está sem dinheiro para contratar novos professores. Nem para a construção de novas salas de aula o recurso está dando. Que pena não é mesmo, mas folha de pagamento inchada pra agradar todo mundo dá nisso. Alguém iria pagar o pato e é lastimável que as crianças sejam as penalizadas por essa gestão desumana.

Dinheiro
Se o dinheiro enviado para a educação não está dando para cobrir as despesas municipais ou se demite os contadores da Prefeitura ou se revê o que está entrando e saindo dos cofres públicos, porque essa desculpa não vai colar.

Recursos
De janeiro a maio deste ano o município já recebeu R$ 18 mil de recurso do Programa Dinheiro Direto na Escola. R$ 402.372,00 de Apoio a Alimentação Escolar, R$ 285.949,65 da Cota Parte do Salário Educação e R$ 13.618.161,00 somente de recursos do Fundeb.

Aula
Por conta da mudança de horário, muitas mães até deixaram de mandar os filhos para a escola. Elas têm medo da violência que já atinge também a zona rural. Mesmo com pouco estudo, você percebe a indignação na qual se encontram.

Descaso
É justamente em situações como esta que você percebe o grau de compromisso do prefeito HC com a população caxiense. Táticas coronelistas. Se as mães não tivessem reclamando ele estaria se lixando para os alunos que ficassem sem estudar, já tinham sido cadastradas pelo censo escolar mesmo, portanto não afetaria o envio de recursos.