Dedicação é a palavra que o diretor da Escola Estadual Thales Ribeiro Gonçalves usa para definir o sucesso dos estudantes da escola apontado no resultado divulgado pelo Enem. A unidade de ensino conseguiu ficar acima da média nacional com 564 pontos, juntamente com mais três escolas de Caxias: A escola estadual Cristovão Colombo, e as escolas particulares São José e Coelho Neto.
Mas o grande destaque da escola não fica apenas por conta dos números no Enem, mas como eles foram conseguidos. Apesar de ficar situada no centro da cidade a unidade de ensino possui apenas sete salas de aula. Uma estrutura física pequena que até para quem visita a unidade de ensino de perto se assusta e se impressiona. Mas o trabalho, segundo o diretor da escola, Nerval José Bento da Cunha tem sido feito com amor.
“Temos procurado mostrar para a comunidade caxiense que a escola pública pode ser uma escola de qualidade. A maioria dos nossos professores são de Caxias, mas os que são de Teresina procuram se adequar ao nosso estilo de trabalho. Eu sempre digo que a instituição é cara o seu gestor e eu me considero um diretor presente. Chego cedo e saio tarde. Essa presença é uma questão predominante na escola, porque tanto alunos, quanto funcionários e professores percebem que eu estou aqui para acompanhar de perto o trabalho da escola”, pondera o diretor da escola Thales Ribeiro.
E é por causa desse olhar atento que as vagas da Escola Thales Ribeiro Gonçalves estão entre as mais disputadas da rede pública estadual em Caxias. O sucesso e a qualidade do ensino é tão grande que a escola possui oito anexos na zona rural: nos povoados Brejinho, Nazaré do Bruno, Estiva, Buriti Corrente, Alecrim, Cabeceira de São Pedro, Nova Chapada e Rodagem. O anexo do Brejinho, onde estudam centenas de alunos que moram na zona rural também conseguiu destaque no Enem e as notas dos alunos também ficou acima da média nacional com a nota 53776, deixando o anexo na posição 9854° no ranking nacional.
Espaço- Se pudesse apontar uma necessidade urgente para melhorar ainda mais a qualidade de ensino da escola a direção só apontaria uma, a ampliação do seu espaço físico. Uma sala para as atividades pedagógicas e uma quadra poliesportiva. Todas as salas são ocupadas. Há cantina, laboratório de Informática com internet e uma biblioteca, onde os alunos podem fazer uso regular dos mais quatro mil títulos com bibliografia atualizada e ainda levar para casa, por meio de uma carteira de acesso a biblioteca.
“Quando fazemos uma atividade coletiva precisamos ir para outro local. A escola também não tem uma quadra para a prática esportiva. O nosso principal problema hoje é a falta de espaço”, explica o diretor.
A falta de espaço é tanta que a unidade de ensino, mesmo funcionando nos três turnos ainda não consegue atender a demanda de estudantes interessados em uma vaga. E eles sabem que além do ensino a sala de aula também conta com uma boa infraestrutura e é também um dos diferenciais nesta qualidade de ensino. Todas as salas possuem carteiras anatômicas, tem piso, são forradas e contam com ar condicionado de trinta mil BTUs, a receita para conseguir estruturar fisicamente a escola com poucos recursos está no estabelecimento de metas. Nerval ressalta que sempre que a escola recebe os recursos é retirada uma parte para investir em melhorias na sua estrutura física, sem deixar de oferecer uma escola limpa e com merenda para os estudantes todos os dias.
