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Caxias, Ma, Brazil
Sou jornalista por formação e profissão há dez anos. Correspondente do jornal O Estado do Maranhão desde 1999. Já atuei em diversos jornalísticos de Caxias, impressos e na internet.Trabalhei em assessorias de imprensa. Este ano assumi a coluna política de Caxias em O Estado. Aqui estarão impressas um outro lado dessas noticias, os bastidores que pouca gente vê. Postarei também as reportagens produzidas por mim para este jornalístico e que agora estarão disponibilizados também na internet.Leia, reflita e comente.CONTATOS: (99)8133-3525 ou aneledepaula@gmail.com

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quinta-feira, 8 de setembro de 2011

SINDICATO DIVULGA RELATÓRIO DO TCU COM IRREGULARIDADES ENCONTRADAS NA ATUAL ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL

HUMBERTO COUTINHO ENFRENTA A ARTILHARIA DO SINDICATO
   O Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais de Caxias(SINTRAP) divulgou ontem através do seu jornal impresso "A Voz do Trabalhador" uma série de denúncias contra o prefeito de Caxias Humberto Coutinho. Na pauta do jornalistico estão contidas alguns desvios de recursos públicos encontrados pelo Tribunal de Contas da União(TCU) durante investigação feita nas contas da Prefeitura no ano passado. O relatório apurou todas as despesas e gastos que foram feitas pela atual administração desde 2005.
        Só em uma amostragem, já que o TCU não teria capacidade de investigar receita por recita e  despesa por despesa, foram detectadas irregularidades no FUNDEB e fraudes em licitações e nas obras do município. Só para ser uma ideia do tamanho do rombo o TCU detectou irregularidades no processo licitatório para reformar as escolas Antônio Edson e Paulo Marinho. As obras foram pagas, inclusive com as notas de pagamentos assinadas pela secretaria municipal de educação, Silvia Carvalho, e do prefeito Humberto Coutinho, mas elas nunca foram executadas. 
         Outro problemas detectado foi em processos licitatórios. Erros gramaticais em cartas convites, não apresentação de documento fiscal original, indícios de procedimentos fraudulentos na condução de processo licitatório indicando possível ocorrência de conluio, direcionamento de licitação e licitação montada. Foi detectado pelo TCU indicios de fraude nos documentos comprobatórios de despesas, documento não fiscal, documento falso ou falsificado. Para piorar ainda mais a situação de denúncias contra a Prefeitura foi apurado a existência de laranjas. Há ainda um direcionamento na execução das obras, que apesar de empresas concorrem entre si, todas as obras acabam sendo executadas pela empresa Amorim Coutinho Engenharia, de propriedade do irmão do prefeito. Foi por meio desta mesma investigação que foi apurada que até mesmo o ex-marido da vereadora Thaís Coutinho, que era casado na época na qual foi feita a investigação, era sócio da empresa F. Martins Construções e Empreendimentos Imobiliário Ltda. A empresa venceu uma das licitações para a reforma de escolas da rede municipal.
       O Sindicato já deixou claro que não vai deixar barato e vai liberar aos poucos todas as irregularidades apontadas pelo TCU e explicadas no relatório que está em poder dos educadores. 

SÃO LUIS EM FESTA : 399 ANOS, UMA SENHORA DE RESPEITO!


Por Augusto Cesar Maia


A minha cidade, desconhece idades e épocas para continuar pura na simplicidade de um convívio humano harmonioso, longe do caos metropolitano e alheia ao frenesi da aldeia global.
A minha cidade ainda não atravessou a ponte. Abatida sobre o Cais da Sagração resiste em se embrenhar pela selva de concreto que cresce do outro lado do Rio Anil.
Sua mística está no sono da serpente, musgo acessório dos seus subterrâneos; no medo vindo de Donana, que padece nas noites de sexta vergada na boleia de sua maldição; na princesa Ina, “encantada” nas profundezas do Itaqui, a naufragar cargueiros por caprichos xenófobos e na da Casa das Minas, herança daomeana protegida pelos vodus.
Nela, o verbo escorre pelos telhados do solar de Josué Montelo, semeia a terra que comeu a pele e expôs os ossos de Bandeira Tribuzi, extrai o ouro noturno de Nauro Machado e se perde na desordem urbana de José Louzeiro.
Cidade das ladeiras, rampas e vielas, da praia de Ponta D’areia, com seus tuaregues em convescote, lambuzados de farofa e monazita. Olho D’água, e os “olhos de bois” que choram para encher suas marés. Praia do Calhau, escondida por trás das dunas pela vergonha de ser virgem. Araçagy, que perdeu a pose e o traço quando Peixoto lhe tirou o “cabaço”; e do Caju, onde mestre Chocolate ficou mudo ao ver Maria Celeste se despir em chamas para mergulhar o seu rumo na baía de São Marcos.
Em Campo de Eurique, o velho Liceu Maranhense, com Luiz Peito de Pombo perfilado sobre seu umbral. Liceu que se repartia em horas para completar o dia com a Escola Normal. Liceu de Seu Merval, de Pedro Jurará, Cobra D’água e Dona Santinha, pacientes e zelosos com a inquietude dos seus moços. Liceu dos grandes mestres, todos dormindo na eternidade, protegidos pelas mármores do Gavião. Liceu Maranhense, chancela de nossa memória.
Os bares da minha cidade são templos boêmios, de portas sempre abertas para o mundo da poesia, dispostos a servir liberdade com gosto de hi-fi. Bar do Hotel Central: Erasmo Dias lavando a política com sabugo de milho e sabão de coco. Moto Bar: pernil, Pilsen casco escuro e espeto de contas, bem ao gosto do Sarafim, um português “boa praça” inventado no Almerim ou talvez em Póvoas do Varzim. Bar do Basílio: a confraria dos loucos e letrados se empanturrando com tiquira e vida alheia, para no Atenas, José Chagas bolinar sua clarineta e Carlos Cunha rabiscar com caneta, sua estrada até a Academia Maranhense de Letras, e o La Boheme, onde fui condecorado com a Ordem do Mérito Walker e me diplomei poeta com as bênçãos da viúva Cliquot.
Cidade negra como Rosalina, de boca mole, “xandanga” gostosa e português casto (aprendido com os Pereiras, portugueses que lhe adotaram), desvirginou toda molecada que lhe pousou de garanhão para depois se tornar madame e desfilar a sensualidade ludovicense nos salões da França. Cidade bailarina, dançando ao som de Nonato com Cardoso cantando Aldilá, expõe teu recato nas tertúlias do Lítero, bate coxa em espasmos e te rende ao “virilhame”, tímido orgasmo de teus adolescentes.
Cidade devassa, que se reúne no Cabaré da Maroca, onde os homens depois de embriagados praticam a liturgia da bacia, o verdadeiro batismo do macho. Saturnal, quando veste satisfação para no corso do meretrício chorar de emoção e gritar viva à loucura, tentando espantar a tristeza cantando “quebrei uma jura. O “Vira-Lata” na cadência de suas “ritintas” impõe ritmo a festa, máscaras disfarçam a vida e Vera Cruz Marques dando vida ao disfarce faz de Moises o único Rei do carnaval.
É esta a cidade que faz trezentos e noventa e nove anos. Que driblou os bondes e percorreu um longo caminho para permanecer viva em nossa memória. Cidade que contrita em fé, de joelhos na Igreja da Sé, fez promessas para não crescer além do Anil, acreditando que caberia completa na Colônia Nina Rodrigues.
Esta é a minha cidade, feita de porta-e-janela, onde debruçam os seios de meus devaneios; de meia-moradas, construções mal terminadas, vaidades partidas ao meio; de morada-inteira, com eira e beira e soberba na cristaleira, e dos casarões levianos, imponentes, mas mundanos. Cidade, és minha historia, cidade, és minha alegria, tu és feliz cidade, uma paixão que levo para a eternidade. Parabéns, São Luis!
Augusto Cesar Maia é bacharel em comunicação, poeta, compositor, mas nesta crônica apenas declarando paixão a São Luís.

GRANDE VILÃO

  Gosto de morar em Caxias, mas definitivamente não posso esconder que não concordo com o comportamento de alguns caxienses. Há uma falta de respeito constante pela coisa pública e isto nada tem a ver com a posição que nossos administradores têm delas. A coleta de lixo tem relação direta com isso. A cidade esta se transformando em um lixão a céu aberto e em uma hora mais do que oportuna a Prefeitura decidiu ampliar os dias de limpeza que só não irão acontecer aos domingos.
     Ponto positivo para a Prefeitura e quando é positivo elogio mesmo. Mas a população, aquela parcela ignorante, ainda vai dar trabalho e dos grandes. Porque aqui ninguém cultiva o hábito de respeitar as leis e os espaços públicos. Terreno baldio, praças e ruas viram depósitos de lixo. Sem constrangimento algum para quem suja a cidade. Na verdade a Prefeitura também está tentando educar esses caxienses. Mas vai custar porque nem todo mundo faz sua lição de casa. Ainda há quem acredite que zelar pelo município é papel exclusivo da Prefeitura, quando não é. E dar uma contribuição não custa nada. Não custa mais do que um saco plástico velho ou uma caixa de papelão para acondicionar o lixo que produzimos em casa, que hoje é o grande vilão da sujeira que se propaga pela cidade.

Lixeiras

O Centro da cidade, que é o local que fica mais sujo no final do dia, irá ganhar mais lixeiras. Elas serão espalhadas pelas Praças Gonçalves Dias, Panteon e Cândido Mendes, que recebe o maior fluxo de pessoas e local onde há a venda de lanches alternativos todos os dias.

Ampliação              

O número de ruas por onde caçambas e caminhões de coleta irão passar foram ampliadas. Horários e nomes de ruas estão sendo divulgados em panfletos distribuídos pela Secretaria Municipal de Limpeza para que toda a cidade fique atenta na hora de colocar o lixo na porta de casa, aguardando o carro da coleta.

Dossiê

Circula em Caxias um relatório com os resultados de investigações do Tribunal de Contas da União(TCU) em investigações realizadas desde 2005. Foram detectados desvios de recursos e convênios firmados entre Governo Federal e a Prefeitura.

Impunidade

Deve ser por causa disso que muitos citados dormem com um olho aberto e outro fechado. Tem gente que nem dorme todos os dias no mesmo local para não correr o risco de ser acordado pela Policia Federal. É o preço que se paga pelo enriquecimento ilícito.