O Ministério da Justiça lançou no último dia 05 de maio a nova edição Campanha do Desarmamento. Intitulada ""Tire uma arma do futuro do Brasil" a campanha estava inicialmente marcada para começar em junho, mas foi antecipada pelo Governo Federal depois da tragédia de Realengo, onde um homem de 23 anos entrou atirando em uma escola municipal no dia 7 de abril, matando 12 crianças.
Em Caxias as pessoas que desejarem entregar suas armas devem se dirigir até o Departamento da Polícia Federal localizado no bairro Ponte, nos horários de 08 às 18h. De acordo com o Delegado Federal, Leonardo Portela, em seis dias de campanha nenhuma arma foi recebida.
" Ainda não temos registros de entrega de armas nesses primeiros dias. Acreditamos que a população só começará a se mobilizar no final da campanha, como aconteceu no ano passado", explica.
Na cidade, as espingardas e revolveres calibre 38 estão entre as mais recolhidas na última campanha que foi realizada há mais de dois anos. Desta vez, além da antecipação da data de início, a campanha também traz outras novidades. A indenização paga ao doador da arma, que varia de 100 a 300 reais, será paga no prazo máximo de 30 dias. No município, o pagamento será realizado por meio de depósito bancário. Depois de entregar a arma, a pessoas preencherá um formulário com os dados bancários para que o dinheiro possa ser pago diretamente pelo Governo Federal. Contudo, o valor indenizatório será repassado somente às pessoas que entregarem as armas até 31 de dezembro, data de encerramento da campanha. Depois desta data, a Polícia Federal continuará a disposição para entrega de armas, porém sem o pagamento de taxas.
Outra novidade é o anonimato total. Para o delegado Leonardo Portela a medida pode ajudar no incentivo da entrega de armas. "Nesta campanha a pessoas que entrega a arma não terá nenhum tipo de dano revelado ou questionado sobre a origem da arma. Assim, até mesmo aqueles que possuem armas de posse ilegal poderão se dirigir ao departamento sem nenhum receio, já que não responderão por nenhuma ação na justiça", esclarece.
REPORTAGEM: JORNALISTA LORENA MIRANDA
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