Informações repassadas por uma pessoas que prefere não ser identificada apontam que continuam as pressões a profissionais da educação que desenvolvem suas atividades na Unidade Integrada Municipal Gentil Frazão na comunidade Buriti Correte - BR – 316, cerca de 15 km da cidade de Caxias-Ma. O denunciante adiantou à nossa equipe de reportagem que professores estariam sendo pressionados pela direção da escola.
Diante de atritos ente direção e educadores, mais duas professoras foram colocadas a disposição para a Secretaria de Educação. Uma terceira professora contratada teria abandonado as atividades na escola, por não concordar com a maneira que o Diretor está desempenhando seu trabalho. De acordo com as informações, o Diretor estaria abusando da autoridade dentro do espaço educacional.
Desde que o mesmo Diretor está comandando a citada escola, algumas situações tem chamado a atenção, não só de educadores, mas também da justiça. Entre os anos de 2008 e 2009, pelo menos 11 professores foram remanejados desta mesma escola para outras unidades, por terem denunciado a prática de Pedofilia (que inclusive foi motivo de reportagem nacional da Rede Bandeirantes e logo depois provocou a vinda à Caxias da CPI – Comissão Parlamentar de Inquérito, da Assembléia Legislativa do Maranhão à Caxias). Segundo os educadores, na época, essa prática fez parte do cotidiano da escola e o acusado seria nada mais nada menos que o Diretor da Unidade. Por essa razão, relatos dos professores dão conta de que eles passaram a serem perseguidos, pelo Diretor. O caso chegou à Secretaria de Educação do Município, mas mesmo assim, não impediu que os profissionais fossem remanejados. Muitos desses professores já tinham uma história com as pessoas da comunidade, mas mesmo assim, tiveram que deixar de ministrarem aulas no local.
As denúncias de pedofilia foram feitas ao Conselho Tutelar que chegou a ouvir uma das vítimas, ou seja, uma menina menor de idade, que misteriosamente teve que ir mais de uma vez ao Conselho Tutelar prestar depoimento. Na primeira vez, a criança teria dito (segundo fomos informados) que teria sido abusada pelo Diretor da Escola. Em um segundo depoimento, ela teria mudado o que disse anteriormente. Isso teria impedido que o trabalho da Polícia Federal, que na época estava no caso, fosse prejudicado. Informações de pessoas ligadas ao caso, dão conta de que a garota mudou o depoimento porque foi pressionada.
Quando veio a Caxias em 2010, para investigar a situação, a CPI da Pedofilia realizou uma Audiência Pública na Câmara Municipal para discutir o assunto e acolher denúncias. A Presidente da CPI, Deputada Estadual Eliziane Gama (PPS), fez uma longa exposição dos casos de Pedofilia que estava investigando no Maranhão e foi categórica em afirma que em Caxias-Ma existia sim, denúncias na área educacional, mas para a surpresa da população e das entidades que participaram da Audiência Pública, nada ocorreu, ninguém foi responsabilizado pelas violações da individualidade das crianças abusadas. Até hoje a sociedade caxiense cobra providências desse caso. Até mesmo a mídia silenciou, depois disso.
O caso foi emblemático na cidade, o Ministério Público do Trabalho também tomou parte. Mesmo com o não êxito da investigação da Polícia Federal, o Ministério Público do Trabalho em 2010 acolheu as denúncias de Assédio Moral e chamou para acareação o Diretor da Unidade de Ensino José Feitosa Silva Filho e a Secretária de Educação do Município de Caxias Silvia Maria Carvalho, que foram obrigados a dá explicações sobre essas ocorrências. Os depoimentos dos dois foram acolhidos. Atualmente as denúncias de Assédio Moral, estão em forma de processo, na Promotoria Pública do Ministério Público do Maranhão com sede em Caxias.
Informações repassadas a nossa equipe de reportagem dão conta de que até o próximo mês (Setembro/2011), a promotora que está cuidando do caso, Carla Mendes, deve decidir se representa na justiça as pessoas citadas no processo.
FONTE: JORNALISTA JULIMAR SILVA
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