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Caxias, Ma, Brazil
Sou jornalista por formação e profissão há dez anos. Correspondente do jornal O Estado do Maranhão desde 1999. Já atuei em diversos jornalísticos de Caxias, impressos e na internet.Trabalhei em assessorias de imprensa. Este ano assumi a coluna política de Caxias em O Estado. Aqui estarão impressas um outro lado dessas noticias, os bastidores que pouca gente vê. Postarei também as reportagens produzidas por mim para este jornalístico e que agora estarão disponibilizados também na internet.Leia, reflita e comente.CONTATOS: (99)8133-3525 ou aneledepaula@gmail.com

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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

PROBLEMAS NOS POSTOS DE SAÚDE DE CAXIAS

      Quem precisa dos serviços de saúde pública na cidade se depara com um grande dilema. Além da demora no atendimento não é todo dia que os caxienses conseguem encontrar os médicos disponíveis na rede de saúde pública. O problema fica pior nos postos de saúde, pois é nesses locais que começa o primeiro atendimento e de lá que os pacientes são encaminhados para os especialistas, ou conseguem autorização para fazerem os primeiros exames até que o problema de saúde seja diagnosticado.
       Nos postos faltam médicos e quando eles aparecem não é com a regularidade preconizada pelo Ministério da Saúde. No Bairro Caldeirões, por exemplo, no posto do lugar os moradores do bairro só conseguem marcar uma consulta de um dia para o outro. Muitos chegam as seis horas da manhã, para esperar a entrega de senhas que só começa as uma hora da tarde para que eles possam ser atendidos no dia seguinte. E nem todas as pessoas que ficam esperando por horas pela senha tem a certeza de que será tendido pelo médico. É que nos postos de saúde os médicos só atendem a onze pacientes por dia. O aposentado José Santana de Oliveira, 69 anos, disse que não se importa em ter que acordar cedo para receber uma senha e só ser atendido no dia seguinte, o que ele reclama é da incerteza que corre em esperar tanto e não saber se de fato será atendido.
       “O que é ruim é que a gente chega e não pode arredar o pé daqui, porque se a gente sai perde a vaga, porque sempre tem um monte de gente que precisa marcar suas consultas. Às vezes a gente marca e o médico não vem, tem que esperar a boa vontade dele aparecer aqui”, reclama o aposentado.
         Não é por falta de recursos que em cada um dos bairros não há uma equipe de médicos do Programa Saúde da Família. Segundo o site Portal da Transparência do Governo Federal a Prefeitura de Caxias já recebeu de janeiro a agosto deste ano o montante de R$ 5.855.426,00 somente para a manutenção do programa. Os recursos, como pela lei não pode ter outra destinação, só pode ser aplicado no pagamento dos salários de médicos e enfermeiros que trabalham na rede pública, já que para os outros custos a Prefeitura recebe dinheiro específico para a sua manutenção.
       De acordo com os critérios estipulados pelo programa o médico contratado é obrigado a cumprir dentro do programa uma carga horária de 40horas semanais, o que não acontece na rede de saúde pública do município já que nos postos eles não aparecem com a frequência estabelecida. Em contrapartida muitos médicos contratados para trabalhar na rede pública costumam fazer jornadas múltiplas de trabalho, prestando atendimento também em clinicas particulares justamente no horário no qual deveriam estar em postos e nos hospitais públicos da cidade.
Enfermeiros-      Na ausência de médicos nos postos de saúde quem costuma prestar atendimentos a população são os enfermeiros. A população caxiense reclama e acredita que estes profissionais não estão qualificados para prestar esse tipo de atendimento.
      “Eu toda vez que vou no posto só sou atendido pelo enfermeiro, nunca tem médico é um absurdo isso, porque eles diz que tem médico mas na hora não tem”, reclama a dona de casa Ana Beatriz da Silva.

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