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Caxias, Ma, Brazil
Sou jornalista por formação e profissão há dez anos. Correspondente do jornal O Estado do Maranhão desde 1999. Já atuei em diversos jornalísticos de Caxias, impressos e na internet.Trabalhei em assessorias de imprensa. Este ano assumi a coluna política de Caxias em O Estado. Aqui estarão impressas um outro lado dessas noticias, os bastidores que pouca gente vê. Postarei também as reportagens produzidas por mim para este jornalístico e que agora estarão disponibilizados também na internet.Leia, reflita e comente.CONTATOS: (99)8133-3525 ou aneledepaula@gmail.com

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terça-feira, 20 de setembro de 2011

BOLSONARO O PALHAÇO DO PLANALTO


    Existe uma facção do movimento pelos direitos dos homossexuais que considera o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) como perfumaria, um clown que faz graça para uma parcela obscura da população brasileira muito atrelada a um sentimento vago de direita (porque pensamento, ele realmente não produz).
     Uma figura muito presente, poderosa e atuante durante o Regime Militar do país, o ex-ministro e tenente-coronel reformado Jarbas Passarinho recentemente deu o seguinte depoimento sobre o homofóbico: “Já tive com ele [Bolsonaro] aborrecimentos sérios. Ele é um radical e eu não suporto radicais, inclusive os radicais da direita. Eu não suportava os radicais da esquerda e não suporto os da direita. Pior ainda os da direita, porque só me lembram o livrinho da Simone de Beauvoir sobre "O pensamento de direita, hoje": "O pensamento da direita é um só: o medo". O medo de perder privilégios”.
     E ainda descasca a fama de durão – imaginada por essa mesma parcela de brasileiros que acreditam que estão filiados a algum pensamento reacionário com alguma importância feita por um homem com carreira militar cheia de louvor. Diz Jarbas Passarinho: “Foi mau militar, só se salvou de não perder o posto de capitão porque foi salvo por um general que era amigo dele no Superior Tribunal Militar (STM)”. Enfim, desrespeitado por alguém da elite da Ditadura Militar que ele tanto enaltece.
    E também para muitos militantes gays, Bolsonaro é mais dramática que Fernanda Montenegro. É muito mais um show, pois as cabeças pensantes da política de combate à cidadania dos homossexuais está muito mais em alguns nomes como o pastor Silas Malafaia, que faz tudo de forma muito mais organizada e com menos estardalhaço, além de um discurso muito mais convincente.
      Posto isso, essa é a razão deste blog dizer que Bolsonaro é um "clown", ele é como uma piada do homofóbico. Basta ver o que aconteceu nesta segunda-feira, 19, na Faculdade de Direito da UFF (Universidade Federal Fluminense), em Niterói, Rio de Janeiro.
    Ele recebeu uma monção dos vereadores de repúdio às suas atitudes homofóbicas e racistas, a rasgou querendo bancar o machão, foi vaiado, e na hora de ir embora da faculdade, sua masculinidade se ausentou. Ficou confuso com os estudantes gritando contra ele e teve que chamar a polícia para conseguir sair do local, ainda com os estudantes fechando a passagem da rua e falando para o deputado sair de ré. Quer piada mais pronta que essa?
      Bom, realmente essa deve ser uma das razões que ele - apesar de se beneficiar do sistema democrático amplamente como político - diz preferir a ditadura. Na democracia, quem fala o que não deve, ouve o que não quer.

POR VITOR ANGELO, DA FOLHA.COM

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